segunda-feira, 18 de novembro de 2013

O peso de ser um só

O peso que eu sustentava era realmente muito grande. Eu sentia as canelas tremerem e o meu coração se apertava na torcida por um não tropeço. Eu tropecei e fiquei a centímetros do chão e só não ralei mais que os joelhos porque você estava me segurando. Mas, e agora? Eu sinto o peso do mundo e o da sua ausência nas costas. Não só ralei o joelho como também a cara. Quantas foram as vezes que você disse "vai ficar tudo bem" e eu acreditei, só porque era você que estava dizendo? Hoje o seu "vai ficar tudo bem' é um "se vira", praticamente. Tudo bem, eu me viro, sempre me virei. Só que algumas páginas são pesadas e ter ajuda para virá-las é confortante. Eu só queria que você soubesse que algo muito forte está morrendo entre a gente e que, se amanhã partir de vez, eu sempre lhe desejarei o melhor. Hoje eu só estou estudando onde colocar o pé e em como prosseguir sem você. Não estou duvidando que consiga, só estou relatando que não queria que fosse assim.

"Alguns pedaços meus ficaram pelo caminho. Me sinto despedaçada e vazia, porém, sei que ainda posso seguir em frente e me preencher com outras boas coisas. Foi difícil não segurar a sua mão nessa densa escuridão, mas, confesso que não encontra-la na claridade doeu muito mais."

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Vagando

Onde está a calma que eu carregava em silenciosa conturbação?
Onde está a sala que eu pretendia montar nesse salão?
Hoje acordei tendo muito o que fazer, desci os degraus para poder voltar a crescer.
Existiu em algum momento um laço, um firmamento, onde tudo agora é pela metade.
São meias ideias, meios prejuízos, meias certezas e, meias mesmo, pela mesa.
Tudo fora do lugar.
E eu tô sem lar.
Tô na rua, tentando me encontrar.
Em nenhuma dessas portas eu tô afim de entrar.