terça-feira, 20 de agosto de 2013

Maré

Quando menos esperei me arrancaram a boia da cintura 
E eu nem mesmo estava alcançando o chão, 
Não dava pé, era mar aberto.
Me peguei tentando fugir
E me desesperando já que não tinha pra onde ir. 

E todas as mãos que me seguravam quando insistiam para que eu me jogasse? 
E todos os pulos "de cabeça" que eu nunca soube dar? 
As mãos estão me envolvendo pelos calcanhares e me puxando para baixo; 
Os pulos ainda me dão calafrios e eu sempre caio de barriga.. 

Aprendi a nadar ou só a me manter na superfície? 
Em dias tristes vejo a água ultrapassar a altura do nariz
E eu sempre me salvo por um triz. 

Mas por que os meus dias felizes não me dão uma trégua? 
Não me levam a margem? 
Ou me trazem um bote? 

Compreendi que não sou totalmente feliz
E que essa maré está dentro de mim. 
Minha mente é meu satélite natural
Não há chances de ser igual aqui e nem ai. 
Por isso que enquanto alguns se afogam, 
Eu ainda tento acreditar em mim


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