E eu nem mesmo estava alcançando o chão,
Não dava pé, era mar aberto.
Me peguei tentando fugir
E me desesperando já que não tinha pra onde ir.
E todas as mãos que me seguravam quando insistiam para que eu me jogasse?
E todos os pulos "de cabeça" que eu nunca soube dar?
As mãos estão me envolvendo pelos calcanhares e me puxando para baixo;
Os pulos ainda me dão calafrios e eu sempre caio de barriga..
Aprendi a nadar ou só a me manter na superfície?
Em dias tristes vejo a água ultrapassar a altura do nariz
E eu sempre me salvo por um triz.
Mas por que os meus dias felizes não me dão uma trégua?
Não me levam a margem?
Ou me trazem um bote?
Compreendi que não sou totalmente feliz
E que essa maré está dentro de mim.
Minha mente é meu satélite natural
Não há chances de ser igual aqui e nem ai.
Por isso que enquanto alguns se afogam,
Eu ainda tento acreditar em mim
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